...mas a verdade é que It's Blitz! dos Yeah Yeah Yeahs veio desafiar o trono dos Animal Collective, e ainda só o ouvi duas vezes!
Quando Hugh Jackman foi apontado como anfitrião da noite dos Oscars, a desconfiança foi geral. Mas com uma realização muito boa, cheia de ritmo, e a versatilidade do actor australiano, que cantou e dançou, evocando os musicais, esta acabou por ser uma das melhores edições que tenho memória de assistir.
Quanto aos prémios, poucas surpresas. Sean Penn levou a melhor sobre Mickey Rourke e Kate Winslet foi finalmente reconhecida, numa noite de consagração para o meu favorito, Slumdog Millionaire.
...e o Federer perde! No entanto valeu a pena. Mais de quatro horas de ténis de alta qualidade. Roger continua a ser o meu favorito, mas Nadal é um jogador cada vez mais completo, e com uma força mental e física que mais ninguém no circuito possui.
Todos os anos o festival Coachella nos surpreende com a magnitude dos seus cartazes.
Ninguém se chega à frente e me concretiza este sonho?
Parece que existe uma nova moda lá para os lados da Academia de Hollywood: todos os anos um pequeno filme independente cai nas graças dos seus membros e é nomeado para vários Oscars.
O filme deste ano é Slumdog Millionaire, a magnífica história de Jamal Malik, um rapaz indiano que vive nas favelas de Bombaim e concorre ao Quem Quer Ser Milionário apenas para ser visto por Latika, o amor da sua vida. Mas agora que está apenas a uma pergunta do grande prémio final, e é já um fenómeno por toda a Índia, encontra-se detido por suspeitas de fraude, e é obrigado a contar a sua incrível história de vida.
Danny Boyle, realizador que já nos tinha oferecido Trainspotting ou 28 Days Later, leva-nos agora numa viagem a um ritmo alucinante pela miséria urbana de Bombaim, com uma banda sonora muito característica, e com a contribuição de Mathangi Arulpragasam, M.I.A. para os amigos.
Com uma excelente e cativante história, este filme já ganhou a minha simpatia. E eu torço sempre pelos underdogs.
Cada novo filme de David Fincher é precedido de uma boa dose de expectativa. Acrescente-se a fábula surreal a la Burton, e a coisa promete.
The Curious Case of Benjamin Button é uma história que, de tão invulgar, nos prende ao ecrã em busca do seu desfecho, e nos desperta ternura e compaixão pelo seu protagonista.
Benjamin Button é um bebé que nasce com sintomas de velhice extrema, e por isso é abandonado pelo pai, um rico fabricante de botões, à porta de um lar de terceira idade. Aí é acolhido por Queenie, a governanta, convencida que aquele bebé não resistiria por muito mais tempo. No entanto, Benjamin começa a evoluir ao contrário de toda a gente, ficando cada vez mais jovem e saudável à medida que o tempo passa. O resto é a história da sua vida, a sua adaptação, e sobretudo o seu grande amor, toda a vida condicionado pelas circunstâncias especiais.
Uma realização impecável (como seria de esperar de Mr. Fincher), uma fotografia fabulosa e um grande leque de actores fazem deste filme um peso pesado para todos os prémios que se aproximam. A duração demasiado longa e a sensação de que o potencial desta história não foi totalmente explorado deixam um certo amargo de boca no que poderia ser uma obra memorável.
O princípio do ano tem agendado o lançamento de trabalhos importantes. Já ouvi Merryweather Post Pavillion, o trabalho que consolida ainda mais os Animal Collective como uma das mais interessantes bandas actuais, e Noble Beast, um álbum de qualidade excepcional, à qual Andrew Bird já nos habituou.
As próximas audições estão reservadas para The Crying Light, de Antony and the Johnsons, e o muito aguardado Years of Refusal, do mestre Morrissey. Promete...
Marcelo Camelo, um dos vocalistas e compositores da magnífica banda brasileira Los Hermanos lançou este ano o seu álbum de estreia a solo, Sou.
Experimentem, e vão ver que é uma excelente entrada neste novo ano.
Entrar numa Fnac é sempre um risco para a carteira. Entrar numa Fnac nesta altura do ano, é estar a pedi-las!
Na minha demanda pelas prendas de Natal, acabei por gastar mais dinheiro em coisas para mim do que para os outros. Mas sinceramente, quem consegue resistir à caixa com os episódios todos do Flying Circus dos mestres Monty Python?
Também comprei finalmente o upgrade à minha capacidade de armazenamento digital. O mui belo e catita LaCie Hard Disk 750Gb
...decidi que era tempo de fazer a minha própria lista dos melhores álbuns deste ano. Não foi dos anos em que ouvi mais música nova, mas mesmo assim ainda encontrei alguns álbuns bastante bons. Ora então, estes foram para mim os vinte melhores registos de 2008:
20. Jazzanova - Of All the Things
19. Cat Power - Jukebox
18. Azevedo Silva - Autista
17. Shearwater - Rook
16. Los Campesinos! - Hold On Now, Youngster...
15. Adele - 19
14. Vampire Weekend - Vampire Weekend
13. Fleet Foxes - Fleet Foxes
12. The Mountain Goats - Heretic Pride
11. The Magnetic Fields - Distortion
10. Portishead - Third
O regresso em grande e muito aguardado da mítica banda de Bristol. Uma sonoridade (ainda) mais soturna, e grandes músicas como The Rip ou We Carry On fazem dele um grande álbum.
9. Jamie Lidell - Jim
Uma das descobertas do ano. A nova coqueluche da soul britânica apresenta-nos um álbum muito constante e seguro.
8. Coldplay - Viva La Vida or Death and All His Friends
Embora constantemente depreciados pela crítica, a verdade é que os Coldplay vão lançando álbuns que me vão agradando muito. O deste ano é para mim um grande salto qualitativo.
7. Buraka Som Sistema - Black Diamond
O álbum que confirma os Buraka como um dos projectos mais interessantes da música portuguesa, e com mais hipóteses de singrar lá por fora. Grande, grande malha!
6. Deolinda - Canção ao Lado
Uma banda que explodiu este ano para o circo mediático e caiu nas graças da crítica. Canção ao Lado é uma lufada de ar fresco na música nacional, juntando o fado, o folk, e uma boa dose de boa disposição.
5. Gnarls Barkley - The Odd Couple
The Odd Couple é a confirmação de que os Gnarls Barkley são uma das colaborações mais felizes no mundo da música. Com grandes talentos como Danger Mouse e Cee-lo, o resultado só poderia ser muito bom.
4. Sigur Rós - Með Suð í Eyrum Við Spilum Endalaust
A banda islandesa já nos habituou a trabalhos geniais. Não sendo o seu melhor, Með Suð í Eyrum Við Spilum Endalaust apresenta novidades no som da banda, mais fresco e mais alegre. Serão para sempre a minha banda favorita.
3. MGMT - Oracular Spectacular
Outra novidade deste ano. Uma banda com um futuro enorme. Oracular Spectacular já tem uns meses mas não cansa, é intemporal.
2. Bon Iver - For Emma, Forever Ago
Simplesmente delicioso! Foi durante muito tempo a minha escolha para álbum do ano, até que apareceram os senhores seguintes...
1. TV on the Radio - Dear Science,
Estes rapazes de Brooklyn não brincam em serviço, e cada trabalho que editam é garantia de grande qualidade. Dear Science, é o meu preferido da banda, e isso diz muito.